terça-feira

O problema das pombas urbanas


Desde o Encontro de Educação Ambiental 2009 que estou para escrever este post. Fiquei devendo algumas informações básicas para uma das professoras que conheci lá e que está trabalhando o tema com seus alunos.

Alimentando as pombas, by alineruviario


Primeira pergunta: qual pomba está causando problemas? No Brasil temos 23 espécies de pombas, ou seja, aves pertencentes à família Columbidae. A espécie mais comum nas cidades é justamente uma espécie que não é nativa do Brasil, o pombo-doméstico (Columba livia), que aparece na foto acima. Esse pombo é originário das imediações do Mar Mediterrâneo e foi trazido ao Brasil pelos imigrantes europeus no século XVI.
Nas cidades - pelo menos aqui na região sudeste do país - há 4 espécies de pombas que são facilmente encontradas. Observando um pouco fica fácil reconhecer a diferença entre elas:


Pombo-doméstico(Columba livia)
Geralmente é o mais abundante. Sua coloração original é essa, mas existem muitas variações.

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(foto:
Leonardo Farias)
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Pomba-de-Bando(Zenaida auriculata)

É bem menor que o pombo-doméstico. E não é difícil vê-los andando juntos. As crianças geralmente acham que a pomba-de-bando é o filhote da pomba-doméstica. Mas repare que a plumagem dela é menos acinzentada que a do pombo-doméstico, ela é mais "delicada" e não tem a protuberância na base do bico.

(foto: Dario Sanches)


Rolinha (Columbina talpacoti)

Ela é só um pouco menor que a pomba-de-bando, e bem mais avermelhada. Super tímida. A cabeça é levemente azulada, principalmente no macho.

(foto: Cláudio D. Timm)

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Pombão ou Asa-Branca(Patagioenas picazuro)

Já falei dela antes. É bem maior que as outras, e a mais silvestre delas. Ocorre em cidades mais arborizadas, ou em bairros mais próximos da zona rural.

(foto: Dario Sanches)

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Essas aves, assim como os pardais, bem-te-vis, sanhaços, ratos, baratas e muitos outros são chamados de animais "sinantrópicos". São animais que se adaptaram bem ao ambiente urbano. Alguns se tornam pragas, com populações muito grandes e que causam problemas (pardais, pombo-doméstico, ratos e baratas) e outros convivem conosco em relativo equilíbrio (bem-te-vis, sanhaços).

O pombo-doméstico é um grande transmissor de doenças: criptococose, histoplasmose, clamidiose, salmonelose, além de dermatites causadas pelos ácaros que transportam em suas penas. Na Argentina, ele é responsável pela disseminação do barbeiro, inseto que transmite o tripanossoma causador da Doença de Chagas. A lista completa você encontra no site do CCZ - Centro de Controle de Zoonoses.

Várias são as medidas que podem ser tomadas para evitar que os pombos se instalem na sua casa / escola / local de trabalho:

  • Não oferecer alimentos a eles.
  • Instalar telas nos vãos de telhados
  • Superfícies (como o topo de muros e bases de janelas) devem ter pelo menos 60º de inclinação para impedir que as aves se apóiem.
  • Esticar fios de nylon nos locais onde os pombos costumam ficar
  • Usar substâncias repelentes

Maiores informações, com muito mais detalhes, você pode encontrar no Manual de Manejo de Pombos Urbanos, oferecido em pdf também pelo CCZ. Sobre as substâncias repelentes, dei uma procurada e descobri algumas empresas que oferecem alternativas:


Um comentário:

  1. Por favor, peço que retire este post do ar, uma vez que é de minha autoria e eu não autorizei sua publicação em qualquer meio.

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